Polaca de nascimento, filha de pais nobres, muito piedosos e patriotas, nasceu prematuramente e foi sempre de saúde frágil. Contava ela 12 anos quando os pais se transferiram para Varsóvia, onde ela continuou os estudos na academia de Madame Guérin, e onde cresceu sua preocupação pelos pobres. Aos 16 anos foi contaminada pela tuberculose, e resolveram levá-la para a Suíça, onde havia mais esperança de cura. Essa quadra da vida despertou nela um mais profundo amor a Deus e permitiu-lhe aprender a orar, como ela mesma reconheceu. Aproveitando a biblioteca do pai, estudou a fundo os problemas sociais da época e as respectivas causas e efeitos, completando a aprendizagem com os esclarecimentos e as informações dadas pelo próprio pai, juiz do tribunal de menores.
A sua tendência para a piedade levou-a à idéia de ingressar na Ordem da Visitação. Demoveu-a desse intento o confessor, recomendando-lhe que continuasse a prestar assistência ao pai doente. Em viagem pela Alemanha em companhia do pai, sentiu em Colônia uma inspiração do Senhor, dando-lhe a entender que a sua vocação era viver entre os pobres. Decidiu então inscrever-se na Sociedade de São Vicente de Paulo, repartindo o tempo entre o serviço aos pobres e a oração para se confiar à vontade divina.
Finalmente aos 29 anos de idade teve uma visão clara da sua missão: receber e ajudar crianças abandonadas dos bairros pobres de Varsóvia e pessoas sem abrigo. Com a ajuda financeira do pai e o apoio da prima Clotilde, começou por acolher e encarregar-se de seis crianças. Era a semente dum novo Instituto, que começou a ser conhecido por Instituto, que começou a ser conhecido por Instituto da Menina Truskowska. A habilidade e a dedicação de Sofia atraíam muitas voluntárias e muitas influências de pessoas devotas e amigas, de modo que o Instituto depressa floresceu.
Seguindo o conselho do seu confessor e diretor espiritual, fez-se Terceira Franciscana com o nome de Ângela. Em 1855, aos 30 anos, ela e uma prima, perante uma imagem de Maria, consagraram-se ao Senhor, comprometendo-se a fazer a vontade de Deus. Começou assim a comunidade das Irmãs Felicianas.
Ângela, mulher de vistas largas e voltadas ao futuro, soube responder às necessidades nascentes do seu tempo, unindo ao espírito de oração um profundo sentido social: fundou na Igreja a primeira comunidade ao mesmo tempo ativa e contemplativa. Quando na Polônia foram suprimidas as comunidades religiosas, a sua subsistiu, embora em segredo. Quando a Polônia esteve sob controle da Áustria, ela conseguiu reunir as suas religiosas e enviá-las de novo pelo mundo. Acolheu e realizou o projeto de enviar irmãs para a América, onde se vieram a difundir amplamente, a partir de 1874, quando para lá partiram, abençoadas por ela, as primeiras 5 irmãs.
Aos 44 anos, sendo Superiora Geral pela terceira vez, entregou o governo à Congregação, por motivo de surdez e de doença, mas nunca deixou de se interessar pelas irmãs, estimulando-as com escritos e encontros.
Literalmente devorada por um cancro, voou para o céu a 10 de outubro de 1899. Mas os últimos 30 anos de vida, que poderiam ter contribuído para ela ser esquecida, foram 30 anos de vida oculta que fecundaram a obra duma forma admirável.
A sua memória celebra-se no dia 10 de outubro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário