Há 800 anos Francisco de Assis apontou um caminho para a vivência do Evangelho. Muitos homens e muitas mulheres percorreram esse caminho, cada um a seu jeito, buscando a fidelidade ao projeto do Reino de Deus. Recordar cada um é buscar caminhos de ânimo e fidelidade para nosso tempo. Trilhemos também nós os caminhos franciscanos, na fidelidade ao Evangelho! (Boa parte das postagens têm como base o livro: FERRINI, Giuliano. Santos Franciscanos para cada dia. Braga, Editorial Franciscana, 2001)
domingo, 23 de outubro de 2011
22 de outubro: BEATO TIAGO DE STREPA (1340 – 1409)
Nasceu por volta de 1340, em uma nobre família polaca e entrou na Ordem dos Frades Menores quando ainda jovem. Durante muitos anos exerceu o ministério sacerdotal na Rússia, onde trabalhou ativamente em prol da unidade dos cristãos, chegando a ser nomeado vigário geral dessa missão.
Mais tarde foi eleito bispo duma diocese da Polônia, e como pastor de almas dedicou-se por inteiro ao serviço do rebanho, mostrando-se um prelado exemplar. Nas regiões onde o número de templos era insuficiente para as necessidades dos fiéis, mandou construir novas igrejas e criou novas paróquias, provendo-as de zelosos exemplares sacerdotes. Além disso, fundou casas religiosas, a fim de multiplicar os meios de santificação. A sua atividade pastoral não se restringiu aos assuntos meramente religiosos; estendeu-se também ao campo de assistência social, edificando hospitais e criando instituições onde os pobres eram assistidos com generosidade. As rendas da diocese eram integralmente destinadas à digna manutenção dos lugares de culto e às obras de beneficência.
Como zeloso pastor, esforçou-se por aprofundar a fé dos fiéis por meio de práticas de devoção que produziram bons e abundantes frutos. Era especialmente devoto da Virgem Santíssima, cuja imagem quis que figurasse tanto no brasão como no anel episcopal. Introduziu o costume de todas as tardes reunir os fiéis nas igrejas para rezarem o terço e outras orações à Virgem Maria. A Eucaristia, contudo constituía o centro irradiador de toda a sua vida espiritual. Em Leópoli, sede do bispado, instituiu a adoração perpétua. Como fruto de tantas iniciativas, teve a alegria de ver florescer entre as ovelhas do seu rebanho a piedade e a moral. Percorreu a pé e vestido com o hábito franciscano toda a sua vasta diocese, semeando a palavra de Deus e associando ao apostolado ativo uma vida de austeridade e penitência.
Sua influência fez-se sentir também fora do âmbito eclesiástico, pois chegou a ser nomeado senador e membro do Conselho da Nação, onde pôde interferir em importantes decisões políticas e sociais. Foi devido à sua intervenção que o território polaco foi poupado das incursões dos bárbaros.
Ao cabo de 19 anos dum episcopado empreendedor e dinâmico, foi receber do Justo Juiz a coroa da justiça, no dia 20 de outubro de 1409. Em atenção aos seus méritos civis foi proclamado defensor e guarda da nação polaca. Foi sepultado na igreja dos franciscanos de Leópoli, vestido com o hábito de religioso e com as insígnias de bispo. Junto ao seu túmulo realizou Deus muitos milagres. O seu culto espalhou-se através da Polônia, da Lituânia e da Rússia, donde noutros tempos vinham numerosos peregrinos invocar a sua proteção. Quando em 1419 se procedeu à exumação, o seu corpo apareceu incorrupto.
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