sábado, 29 de outubro de 2011

29 de outubro: Beato Tomás de Florença



Os pais de Tomás eram emigrantes que se encontravam em Florença quando nasceu Tomás em 1370. Na juventude andou durante algum tempo bastante desorientado, devido a amizades contraídas com pessoas pouco exemplares.
Mas da mesma forma que se deixou encarreirar para essa existência fútil, também depois se deixou edificar pelos bons exemplos de piedade e de mortificação de Ângelo Paz e de membros de uma Pia União, e decidiu mudar de vida. Depois de uma confissão sincera, passou a evitar más companhias e deixou de freqüentar lugares de vício, e decidiu mesmo dizer adeus ao mundo  e entrar no próximo convento de Fiésole. Para isso se dirigiu ao célebre pregador João de Stroncone, pedindo-lhe para o aceitarem como irmão. A sua vida anterior suscitava algumas dúvidas; mas quando se notaram sinais evidentes de uma autêntica conversão, não houve mais dúvidas em o aceitarem entre os Frades menores. Tinha ele nessa altura 30 anos.
Na tardou distinguir-se pelas virtudes de penitência e mortificação. Após o noviciado, não hesitaram em nomeá-lo mestre de noviços. Os muitos discípulos por ele formados deram testemunho da competência com que desempenhou um cargo de tanta responsabilidade.
Em 1420, ao regressar da Calábria, onde tinha ido em companhia de João de Stroncone, recebeu de Martinho V a incumbência de dirigir a luta contra os “Fratricelli”. Dois anos mais tarde, por morte de João de Stroncone, São Bernardino de Sena nomeou Frei Tomás comissário provincial de alguns conventos por ele fundados. Frei Tomás estabeleceu-se então em Scarlino, e aí instituiu o noviciado, nomeando para mestre de noviços Frei Antônio de Stroncone, sobrinho de João.
Em 1439 o Beato Alberto de Sarteano nomeado por Eugênio IV legado pontifício para várias comunidades de cristãos do Oriente, escolheu, entre vários colaboradores, Frei Tomás. Tendo desempenhado com êxito parte da missão encomendada pelo papa, deu-se o caso de o Beato Alberto adoecer e ter de regressar à Itália, tendo antes pedido a Frei Tomás para o substituir no cumprimento do mandato papal. Ele aceitou, e partiu com três companheiros para a Etiópia. Aí por duas vezes foram presos pelos muçulmanos e sujeitos a tormentos de fome e flagelação, e por pouco não foram assassinados. Foram libertados por uns mercadores de Florença, por interferência do Beato Alberto, que conseguiu fazer chegar a tempo a soma exigida pelo resgate.
Em 1445 regressou à Itália. Caiu doente em Riéti, e foi levado para o convento de São Francisco, onde morreu a 31 de outubro de 1447. 

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