O mais célebre padroeiro dos causídicos é Santo Ivo, a quem pela primeira vez o povo apelidou de “advogado dos pobres”. Na realidade, porém, foi mais que advogado: foi amigo, irmão, benfeitor e pai dos pobres. Nasceu na Bretanha, a 17 de outubro de 1253, sem nunca se imiscuir entre a despreocupada e por vezes tresloucada juventude da época, fez os estudos, com seriedade e proveito, primeiro em Orleães e depois em Paris, nas célebres escolas de teologia e de direito.
Desde muito jovem pôde assim assumir a responsabilidade de juiz eclesiástico, cargo que desempenhou com dedicação e prudência, e sobretudo com profundo sentimento de humildade, raiando às vezes pela humilhação, pois a si mesmo se chamava “ o mais mesquinho dos servos de Cristo”. Mas o que aos olhos do povo o fazia santo não era tanto a sua extrema humildade, quanto sobretudo a não extrema caridade. Soube-se, por exemplo, que quando vivia em Paris cedeu o próprio leito a dois jovens órfãos a quem acolheu e deu hospedagem, enquanto ele passou a dormir no chão, sobre um colchão de palha.
O bispo de Tréguier, sua terra natal, quis ter consigo este extraordinário jurista, e convidou-o também a aceitar receber o sacerdócio. Como padre, Santo Ivo continuou a exercer ainda com mais zelo e caridade a profissão de advogado, sobretudo dos pobres. Resolveu também fazer-se terceiro franciscano vestindo o hábito da penitência.
Depois de deixar o tribunal, contente por ter defendido a justiça e protegido os fracos e deserdados, regressou à sua casa, outrora uma mansão senhorial, e transformada agora em casa de acolhimento de todos os pobres, desvalidos, doentes e órfãos da região, para todos os fins de assistência: servia de hospital, orfanato, asilo, refeitório, e até balneário público.
O santo dormia no meio deles, servindo-lhe de almofada para apoiar a cabeça um grosso calhamaço de direito. Fora a vida laboriosa e agitada que levara, acrescida ainda de ásperas penitências, que o esgotara rapidamente, e o levara a renunciar à profissão, e a dedicar-se doutra forma ao serviço dos pobres. A nova modalidade de apostolado, porém, também não iria durar muito. Depressa adoeceu e se viu impossibilitado de ajudar os seus amigos pobres materialmente; só os poderia favorecer, como aconteceu por vezes, com os milagres que ocorriam pelo simples contato com seu corpo cansado e doente.
Foram por isso os pobres os primeiros a chorá-lo, não como sábio jurista nem como advogado, mas como seu autêntico pai, quando ele faleceu a 19 de maio de 1303, antes de completar 50 anos. É um dos santos mais populares da França, e o padroeiro dos homens das leis.
Desde muito jovem pôde assim assumir a responsabilidade de juiz eclesiástico, cargo que desempenhou com dedicação e prudência, e sobretudo com profundo sentimento de humildade, raiando às vezes pela humilhação, pois a si mesmo se chamava “ o mais mesquinho dos servos de Cristo”. Mas o que aos olhos do povo o fazia santo não era tanto a sua extrema humildade, quanto sobretudo a não extrema caridade. Soube-se, por exemplo, que quando vivia em Paris cedeu o próprio leito a dois jovens órfãos a quem acolheu e deu hospedagem, enquanto ele passou a dormir no chão, sobre um colchão de palha.
O bispo de Tréguier, sua terra natal, quis ter consigo este extraordinário jurista, e convidou-o também a aceitar receber o sacerdócio. Como padre, Santo Ivo continuou a exercer ainda com mais zelo e caridade a profissão de advogado, sobretudo dos pobres. Resolveu também fazer-se terceiro franciscano vestindo o hábito da penitência.
Depois de deixar o tribunal, contente por ter defendido a justiça e protegido os fracos e deserdados, regressou à sua casa, outrora uma mansão senhorial, e transformada agora em casa de acolhimento de todos os pobres, desvalidos, doentes e órfãos da região, para todos os fins de assistência: servia de hospital, orfanato, asilo, refeitório, e até balneário público.
O santo dormia no meio deles, servindo-lhe de almofada para apoiar a cabeça um grosso calhamaço de direito. Fora a vida laboriosa e agitada que levara, acrescida ainda de ásperas penitências, que o esgotara rapidamente, e o levara a renunciar à profissão, e a dedicar-se doutra forma ao serviço dos pobres. A nova modalidade de apostolado, porém, também não iria durar muito. Depressa adoeceu e se viu impossibilitado de ajudar os seus amigos pobres materialmente; só os poderia favorecer, como aconteceu por vezes, com os milagres que ocorriam pelo simples contato com seu corpo cansado e doente.
Foram por isso os pobres os primeiros a chorá-lo, não como sábio jurista nem como advogado, mas como seu autêntico pai, quando ele faleceu a 19 de maio de 1303, antes de completar 50 anos. É um dos santos mais populares da França, e o padroeiro dos homens das leis.
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