Nascido por volta de 1199, Fernando III era sobrinho de Branca de Castela, a santa mãe de São Luís rei da França. A coroa de Castela pertencia a Henrique, que morreu em 1217. Fernando contava 19 anos quando sua mãe, tramando habilidosas manobras, conseguiu colocar sobre a cabeça do filho primeiro a coroa de Castela e a seguir a de Leão.
O certo é que ele conseguiu congraçar e pôr de acordo os reinos espanhóis tradicionalmente desentendidos de Castela, Aragão, Navarra e Leão. Deve ter contribuído para isso o fato de ser terceiro franciscano. Conseguia também a proeza de reunir em si as virtudes aparentemente mais opostas e contraditórias, conciliando o valor com a piedade e a audácia com a prudência. Foi igualmente bastante afortunado na vida familiar, casando sucessivamente com duas senhoras excelentes: a primeira, proposta pela mãe, morreu após 15 anos de casamento, e deu-lhe dez filhos; a segunda foi-lhe proposta por Branca de Castela. Igualmente afortunado foi nas guerras contra os sarracenos, que ocupavam grande parte da Espanha, numa época propícia e com êxitos notáveis.
Penetrando na Andaluzia, ocupou Córdova e o reino de Múrcia. Depois, bloqueando com uma frota o rio Guadalquivir, conquistou Sevilha, para regozijo do povo cristão e pasmo do muçulmano. Desta forma granjeou o título de “terror dos mouros”, aos quais perseguiu até as costas da África.
Foi uma guerra de libertação política e religiosa. O grito de batalha das suas tropas ressoava em todo o Mediterrâneo: “Santiago e Castela!”. Aos prisioneiros mouros fê-los trazer às costas o sino roubado pelos sarracenos ao famoso santuário de Compostela. Na conquista de Córdova teve o cuidado de não fazer qualquer mal à população, e o seu primeiro pensamento foi o de construir uma igreja em honra da SS. Virgem. Preocupava-se em não cometer a mínima injustiça nem ofender sequer o mais insignificante dos seus súditos. Dizia que tinha mais medo da maldição duma velhinha do que de todas as armas dos mouros.
Ao sentir a aproximação da morte, recebeu o viático e a unção dos doentes na presença de todos os dignitários da corte, a quem quis dar esse último exemplo de devoção. Ao seu filho e herdeiro Afonso, antes de lhe dar a benção, deu-lhe alguns conselhos apropriados para o bom governo do reino: <<Teme a Deus e considera-o sempre como testemunha de todas as tuas ações, públicas e privadas, familiares e políticas>>. Era a regra vivida seguida pelo rei Fernando. A 30 de maio de 1252 entregou a alma ao Criador. Tinha 53 anos. Foi chorado pelos soldados como seu valoroso chefe; e pelo povo como pai previdente, soberano, herói, e sobretudo como santo
O certo é que ele conseguiu congraçar e pôr de acordo os reinos espanhóis tradicionalmente desentendidos de Castela, Aragão, Navarra e Leão. Deve ter contribuído para isso o fato de ser terceiro franciscano. Conseguia também a proeza de reunir em si as virtudes aparentemente mais opostas e contraditórias, conciliando o valor com a piedade e a audácia com a prudência. Foi igualmente bastante afortunado na vida familiar, casando sucessivamente com duas senhoras excelentes: a primeira, proposta pela mãe, morreu após 15 anos de casamento, e deu-lhe dez filhos; a segunda foi-lhe proposta por Branca de Castela. Igualmente afortunado foi nas guerras contra os sarracenos, que ocupavam grande parte da Espanha, numa época propícia e com êxitos notáveis.
Penetrando na Andaluzia, ocupou Córdova e o reino de Múrcia. Depois, bloqueando com uma frota o rio Guadalquivir, conquistou Sevilha, para regozijo do povo cristão e pasmo do muçulmano. Desta forma granjeou o título de “terror dos mouros”, aos quais perseguiu até as costas da África.
Foi uma guerra de libertação política e religiosa. O grito de batalha das suas tropas ressoava em todo o Mediterrâneo: “Santiago e Castela!”. Aos prisioneiros mouros fê-los trazer às costas o sino roubado pelos sarracenos ao famoso santuário de Compostela. Na conquista de Córdova teve o cuidado de não fazer qualquer mal à população, e o seu primeiro pensamento foi o de construir uma igreja em honra da SS. Virgem. Preocupava-se em não cometer a mínima injustiça nem ofender sequer o mais insignificante dos seus súditos. Dizia que tinha mais medo da maldição duma velhinha do que de todas as armas dos mouros.
Ao sentir a aproximação da morte, recebeu o viático e a unção dos doentes na presença de todos os dignitários da corte, a quem quis dar esse último exemplo de devoção. Ao seu filho e herdeiro Afonso, antes de lhe dar a benção, deu-lhe alguns conselhos apropriados para o bom governo do reino: <<Teme a Deus e considera-o sempre como testemunha de todas as tuas ações, públicas e privadas, familiares e políticas>>. Era a regra vivida seguida pelo rei Fernando. A 30 de maio de 1252 entregou a alma ao Criador. Tinha 53 anos. Foi chorado pelos soldados como seu valoroso chefe; e pelo povo como pai previdente, soberano, herói, e sobretudo como santo
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