domingo, 18 de março de 2012

16 de março: Servo de Deus Cândido Barbiéri

Nasceu em Nonantola, província de Módena, a 11 de agosto de 1819. No batismo recebeu o nome de José. Fez os estudos primários e secundários na abadia beneditina local, e pros de segui-os depois no colégio dos jesuítas de Módena. Aos 21 anos, atraído pelo ideal franciscano, entrou no convento de S. Cataldo. Três anos mais tarde foi ordenado sacerdote, e começou por se dedicar com muito fervor e proveito ao ministério da pregação. Em 1852 foi nomeado superior do convento de São Francisco de Mirândola, onde se aplicou a fundo na assistência às vítimas da peste asiática. A sua ânsia de salvar almas levou-o como missionário para a América latina. Passou um ano em Roma, no convento de São Pedro de Montório, a aprender espanhol e informar-se dos costumes dos povos que ia evangelizar. A 18 de Abril de 1856 embarcou com frei Leonardo de Fanano, para dar início à missão franciscana de Montevidéu. Pouco depois sobreveio uma terrível Epidemia, que o privou de todos os confrades, que um a um lhe morreram nos braços. Por isso decidiu voltar à Itália, não desalentado, mas com o fim de pedir aos ministros provincial e geral o envio de novos missionários. Depois de recrutar dez sacerdotes e alguns irmãos, regressou com eles a Montevidéu, onde chegaram após uma tormentosa viagem, mas onde foram recebidos com indizível alegria pelos povos a quem ele tinha ajudado. Ao cabo de dois anos de trabalho intenso e reorganização das obras apostólicas, foi envolvido numa guerra de calúnias levantadas contra ele, a ponto de se ver obrigado a refugiar-se em Potosi, onde foi paternalmente acolhido pelo bispo e vigário apostólico do Uruguai. Em 1860 foi nomeado pároco de La Cruz, em Corrientes. Aí erigiu a nova igreja e durante 15 anos trabalhou no meio das populações selvagens. A revolução capitaneada por Francisco Solano Lopes, que agitou o Uruguai, a Argentina e o Brasil, causou muitas privações e sofrimentos também ao P. Cândido, que teve muita dificuldade em salvar a própria vida e a dos seus fiéis. Os revolucionários tiveram-no amarrado a uma árvore durante três dias e três noites, e um deles fez-lhe no rosto uma ferida tão profunda, que andou com a sua cicatriz até ao fim da vida.
Passou então para o Brasil, sob a dependência do bispo do Rio Grande do Sul, que o encarregou do serviço pastoral de São Luís de Missões em 1875, de São Francisco de Borja em 1876, e de São Patrício em 1877. A queda desastrosa dum cavalo afetou-lhe a saúde ao ponto de se ver obrigado a regressar à Itália. Depois de 22 anos de apostolado missionário, regressou em novembro de 1878 a Mirândola, onde reiniciou a pregação por vilas e aldeias. Em 1885 foi nomeado pároco e superior de São Cataldo de Módena, serviço que desempenhou durante 22 anos. Morreu quando contava 88 anos, a 9 de janeiro de 1907.

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