terça-feira, 6 de março de 2012

7 de março: São Pedro Sukeyiro

Pedro sukeyiro ingressara no cristianismo e na TOF em Meaco, com missionários franciscanos, com quais colaborara na catequese, em ordem à instrução e formação dos neófitos, nos hospitais da missão, prestando assistência aos doentes, e nas escolas missionárias, ministrando às crianças instrução e educação cristã.
Quando em 1596 se desencadeou a perseguição contra os cristãos, que como furacão avassalador se abateu sobre pessoas e instituições destruindo tudo, os missionários e os irmãos terceiros de Meaco e de Osaka foram presos para serem conduzidos a Nagasaki e aí crucificados. Durante a dolorosa e ignominiosa viagem, Pedro Sukeyiro e Francisco Fahelante, dois cristãos originários de Meaco, professos na TOF e colaboradores dos missionários, quiseram acompanhar os prisioneiros para lhes prestarem apoio e ajuda nas dificuldades do percurso. E desempenharam com tal perfeição este serviço voluntário, que um dos guardiões, impressionado com tal dedicação, exclamou: “Estes cristãos são realmente uns heróis, e unidos entre si com laços de verdadeira Caridade e fraternidade”. Dada a sua inabalável persistência em semelhantes serviços, também eles receberam ordem de prisão, e foram assim associados aos restantes prisioneiros e viriam a ser martirizados com eles.
Na manhã de 5 de fevereiro de 1597 a caravana dos candidatos ao martírio chegou aos seu destino. Para a consumação do suplício da crucifixão tinha sido escolhida a parte plana duma colina de Nagasaki, muito parecida com o calvário, tanto na forma como nos carreiros tortuosos de acesso, não longe do mar, e com vista sobre a cidade. O governador tinha mandado levantar aí 26 cruzes: as seis centrais destinadas aos missionários estrangeiros, franciscanos; as restantes, laterais, para os japoneses. Daí em diante aquele lugar passou a ser chamado o “Monte dos Mártires”, ou a “Colina Sagrada”, pelo sangue dos cristãos aí derramado durante quase meio século.
    Nas primeiras horas dessa noite fatídica, o imperador tinha publicado um edito a anunciar a execução dos mártires e a proibir, sob pena de morte, que alguém saísse da cidade para acompanhar os condenados. Às portas da cidade foram postadas guarnições militares com ordem de não deixarem passar ninguém. Contudo, tais preocupações de nada valeram. Mal se soube que os condenados estavam a chegar, todos, tanto cristãos como pagãos, se precipitaram para as portas da cidade, e como torrente arrastaram diante de i os guardas e correram para os mártires, acompanhando-os até ao local do suplício.
    Pedro Sukeyiro e os demais companheiros, na manhã de 5 de fevereiro de 1597, como heróis invencíveis, sofreram o martírio da crucifixão cantando.

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