quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

15 de dezembro Beata Maria Francisca Schevrier


Nasceu a 3 de janeiro de 1819, na cidade belga de Aquisgrano (Aachen), e era afilhada do imperador Francisco II. Quando aos 13 anos lhe morreu a mãe, ganhou o costume de socorrer os pobres nas suas necessidades e de lhes ensinar o catecismo.
E não era tarefa fácil, dado o ambiente de indiferença, quando não mesmo de hostilidade, da burguesia citadina, admiradora de Voltaire. Mara Francisca, no entanto, não se poupou a fadigas nem se deixou vencer por temor, até porque para a empresa que sonhava encontrou apoio num sacerdote da paróquia.
De formou em Aquisgrano um grupo que pouco depois teve oportunidade de prestar um valioso serviço, durante uma epidemia que assolou a cidade. Para dar forma conônica à instituição nascente, escreveu uma regra, em que punha o seu pequeno grupo sob a proteção de São Francisco de Assis, dando relevo à caridade, a pobreza e às obras de misericórdia para com os pobres. Daí o nome do instituto, de irmãs dos pobres de São Francisco de Assis. Com as companheiras entrou na vida religiosa a 12 de outubro de 1850. No entanto, a regra só viria a ser aprovada por São Pio X em 1908.
A nova congregação difundiu-se rapidamente. Já em 1858 tinha sido fundada uma casa provincial nos Estados Unidos da América. Em vésperas da aprovação pontifícia, o instituto já contava com 61 casas, 16 das quais na América, e com 1500 religiosas. Algumas dessas religiosas têm-se dedicado também à obra de recuperação de juventude extraviada, e durante várias guerras de fins de século XIX dedicaram-se a assistência sanitária dos militares em hospitais.
Apesar dessa atividade tão dinâmica, Maria Francisca encontrava sempre tempo para dedicar à oração, à meditação, à visita diária ao santíssimo Sacramento, à prática duma terna devoção à Mãe de Deus. Era suave para com todos, mas para consigo severa e austera. Tinha reverencial respeito aos sacerdotes, em que via a pessoa de Cristo.
Suportou com a resignação cristã a última enfermidade, que lhe purificou mais a alma e a tornou mais digna da glória do céu. Para lá voou no dia 14 de dezembro de 1876, em Aquisgrano, com a idade de 58 anos. A cidade em peso acorreu a presta-lhe a última homenagem e a manifestar a sua dor por ter perdido aquela que era mãe amantíssima de todos, em especial dos pobres, dos desgraçados, dos humildes.

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