terça-feira, 27 de dezembro de 2011

28 de dezembro: Serva de Deus Teresa Gardi

Nasceu em Ímola (Bolonha), a 22 de outubro de 1769, e ali mesmo morreu no primeiro de janeiro de 1837. Quando era bispo de Ímola, o futuro papa Pio IX determinou que fosse sepultada na igreja da Observância, onde ainda se encontra. Entrou na ordem franciscana secular a 13 de outubro de 1801.
É uma das mais doces criaturas da província da Romanha, na Itália sententrional. Se tivesse nascido na França, seria considerada uma segunda Teresa do Menino Jesus. Seria tida por uma grande santa, se as pessoas beneficiadas tivessem deixado documentação precisa dos favores por seu intermédio recebidos. Mas nesta região as forças ateias e materialistas e o ambiente anti-clerical aconselham muita prudência e silêncio.
Desde criança se mostrou uma menina diferente de todas as outras, angélica, com muito gosto de ir à igreja, e receber a Eucaristia, cheia de fé e de fervor. O seu amor a Deus fazia com que desejasse morrer para ir ter com ele. Cultivou a pureza “como um verdadeiro anjo encarnado”, como escreveu o seu confessor. Quis que o sofrimento fosse o seu pão de cada dia. Levantava-se muito cedo, comia e bebia pouco, de modo que praticamente vivia quase só da santa Comunhão.
Além disso, considerava-se como não valendo nada, sentindo e adorando só o poder de Deus. Na fé e na esperança foi heróica. Embora amasse toda a gente, dedicava um carinho especial às crianças que como educadora de infância recebia em sua casa. Sofreu vexames e calúnias, mas levou paz e concórdia a casas divididas por rixas e discórdias. Atraiu pecadores à conversão, por vezes à custa de grandes sofrimentos. Era exímia e prudente no governo da casa, e duma fidelidade e justiça escrupulosa para com o próximo e para consigo mesma, pontual no cumprimento dos deveres como mestra das crianças. Ultrapassa tudo quanto se possa imaginar a sua humildade e a coragem em suportar tribulações e doenças e o triunfo nas tentações do inimigo.
As suas amigas mais íntimas viram-na várias vezes em êxtase. Viveu uma experiência espiritual intensa e rica de contatos pessoais com o divino. Foi estigmatizada, mas não visivelmente, a não ser numa grande chaga ao lado do peito, que ainda foi vista após a morte. Recebeu do céu extraordinários carismas, entre os quais se podem destacar as intervenções para converter, sanar e unir famílias desavindas.
Desde há 150 anos continuam a acorrer à Observância de Ímola pessoas, de perto e de longe, a rezar junto do seu túmulo. Sob o ponto de vista da sua estatura espiritual, é ela sem dúvida a figura mais eminente da cidade de Ímola de todos os tempos. O seu processo de beatificação foi retomado, em vista dos últimos testemunhos escritos referindo graças recebidas por seu intermédio.
       

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