Há 800 anos Francisco de Assis apontou um caminho para a vivência do Evangelho. Muitos homens e muitas mulheres percorreram esse caminho, cada um a seu jeito, buscando a fidelidade ao projeto do Reino de Deus. Recordar cada um é buscar caminhos de ânimo e fidelidade para nosso tempo. Trilhemos também nós os caminhos franciscanos, na fidelidade ao Evangelho! (Boa parte das postagens têm como base o livro: FERRINI, Giuliano. Santos Franciscanos para cada dia. Braga, Editorial Franciscana, 2001)
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
01 de fevereiro: Beato André Conti André
André pertencia à nobre linhagem Conti de Segni, mas nasceu em Anagni em 1240. Essa família já tinha dado à Igreja vários papas, bispos e sacerdotes. Sentindo-se desde a juventude atraído pelo espírito franciscano, renunciou a todos os bens e ingressou no convento de São Lourenço de Anagni, fundado pelo próprio São Francisco. Não lhe pereceu suficiente a austeridade de vida que ali reinava, e por isso pediu e obteve permissão para se retirar a uma gruta nas faldas dos Apeninos – uma gruta estreita e tão baixa, que lá dentro só podia estar inclinado e de joelhos. A sua vida girava entre a contemplação e a austeridade. Quando era assaltado pelo demônio com tentações, afugentava-o com o sinal da cruz e também libertava do tentador outras pessoas que vinham ter com ele em busca de libertação do inimigo.
As honras que pretendia evitar perseguiram-no até no seu inóspito eremitério, onde acorria muita gente, atraída pela sua fama de santo e sábio teólogo. Escreveu um tratado sobre a Santíssima Virgem. O papa Alexandre IV foi pessoalmente ter com ele para lhe oferecer as insígnias de cardeal, mas André devolveu-lhas, dizendo que o único privilégio que aceitava era o de o deixarem sossegado na sua gruta de oração, meditação e estudo. Mais tarde recusou novamente e com energia o mesmo gesto do seu sobrinho Bonifácio VIII, que alimentava a esperança de sobreviver ao tio para o elevar à honra dos altares. Mas nem essa graça o Senhor lhe concedeu, pois tio e sobrinho morreram num intervalo de poucos meses.
A sua vida santa, mais angélica do que humana, foi avalizada por Deus com prodígios e milagres. Voou para o Céu a 1 de fevereiro de 1302, com 62 anos de idade.
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