Natural de Meaco, no Japão, era um indivíduo dotado de simplicidade e doçura de caráter, que vivia na sua boa fé a sua religião pagã. Mas quando conheceu os franciscanos e a religião por eles pregada, procurou ser esclarecido sobre ela, e ficou tão entusiasmado que pediu para ser admitido no TOF, oferecendo-se para prestar assistência aos doentes acolhidos pelos religiosos nos seus hospitais. Tornou-se assim um solícito e carinhoso enfermeiro, que tinha sempre nos lábios uma palavra de consolação e alento para atrair as almas a Cristo. O seu fervor religioso levou o próprio filho a seguir o exemplo do pai, fazendo-se também cristão. A ordem de prisão contra os franciscanos e seus amigos e colaboradores japoneses, emanada de Taicosama na noite de 8 de dezembro de 1596, associou-o aos religiosos franciscanos, a quem tanto devia e que tanto estimava, tornando-se companheiro deles na prisão, na condenação, e finalmente na crucifixão na colina santa dos mártires de Nagasáki, onde dois golpes de lança nas costas lhe abriram o coração. Nesse dia 5 de fevereiro de 1597 o calvário de Nagasáki era uma floresta de cruzes e uma multidão de heróicos mártires. Os cristãos precipitaram-se para lá, a fim de recolherem as suas vestes e as conservarem como relíquias, e para embeberem no sangue desses mártires panos peças de roupa que levavam para o mesmo fim. Entretanto Deus glorificava os seus santos com extraordinários prodígios. Os corpos dos mártires difundiam um delicioso perfume. Durante dois meses estiveram pregados nas cruzes, sem sinais de putrefação. As aves de rapina necrófagas, que naquele lugar costumavam alimentar-se dos corpos dos condenados, planavam em redor dos cadáveres desses mártires, mas não lhes tocavam.
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