João Bosco é o santo do trabalho, patrono dos aprendizes, educador de jovens. Nasceu pobre naquele Piemonte que foi não só foco da nova Itália política, mas também viveiro da renovação cristã da Itália religiosa. Viu a luz em 1815, em Castenuovo d’Asti, de família camponesa. Contra o parecer dos familiares, a sua mãe Margarida apoiou-se no sentido de ele seguir a vocação sacerdotal para que se sentia atraído. Mas foi-lhe dizendo: “Eu nasci na pobreza, vivi na pobreza, e na pobreza quero morrer. Se tu pretendes ser sacerdote para vires a ser rico, fica sabendo que nunca irei sequer visitar-te!”.
Mas sempre viveu com ele e com os rapazes por ele recolhidos debaixo do famoso alpendre Pinardi, que constituiu o primeiro núcleo das suas obras. Durante toda vida o santo pediu a todos dinheiro e trabalho para aqueles rapazes recolhidos na rua, a fim de os alimentar, educar e iniciar em qualquer ofício. Na época em que nascia o mundo industrial, ele compreendeu que a juventude tinha de estar preparada para a vida, não só moralmente, mas também profissionalmente. Idealizou as primeiras escolas profissionais, donde sairiam não tantos homens cultos, como, sobretudo operários honestos e componentes. Foi um pedagogo autodidata, e quis que nas escolas se aplicasse o método “preventivo”, que consistia em prevenir os erros. Mais do que mestre, considerava-se um “amigo” dos rapazes, pelos quais teve de vencer gravíssimas dificuldades. Um sacerdote que se ocupava de escolas e por todo o lado fundava oficinas, tornava-se suspeito aos olhos dos políticos, liberais de nome, mas, sectário de fato. Pôs a sua obra de educador cristão sob a proteção de São Francisco de Sales, e por isso os seus seguidores receberam o nome de Salesianos.
A sociedade de São Francisco de Sales compreende clérigos e não-clérigos. Além da perfeição cristã dos seus membros, tem como finalidade a educação cristã da juventude por meio de oratórios, escolas de artes e ofícios, colônias agrícolas, casas para aspirantes ao sacerdócio, ministério sacerdotal, atividades de catequese e ação social e missões entre infiéis. Com Santa Maria Dominga Mazarello e outras jovens, o santo deu início ao Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora para mulheres do povo. Além disso, fundou a Pia União dos Cooperadores Salesianos, para o incremento da vida cristã, como apoio para as suas instituições e para a educação católica do povo. Erigiu grandes igrejas, entre elas o santuário de Maria Auxiliadora em Turim e a basílica do Sagrado Coração em Roma. Teve contatos com os mais notáveis políticos do seu tempo, e mereceu a confiança de Pio IX e Leão XIII.
Sua morte ocorreu em Turim, a 31 de janeiro de 1888, com 73 anos de idade, as obras dos Salesianos e das Filhas de Maria Auxiliadora tinham-se difundido por todo o mundo. Desde jovem, João Bosco desejara ser irmão franciscano. Mas o Senhor dispôs de outro modo: faz-se Terceiro Franciscano na fraternidade do convento de São Tomás de Turim.
Há 800 anos Francisco de Assis apontou um caminho para a vivência do Evangelho. Muitos homens e muitas mulheres percorreram esse caminho, cada um a seu jeito, buscando a fidelidade ao projeto do Reino de Deus. Recordar cada um é buscar caminhos de ânimo e fidelidade para nosso tempo. Trilhemos também nós os caminhos franciscanos, na fidelidade ao Evangelho! (Boa parte das postagens têm como base o livro: FERRINI, Giuliano. Santos Franciscanos para cada dia. Braga, Editorial Franciscana, 2001)
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