sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

6 de janeiro: São Carlos de Sécia


Chama-se João Carlos Melchior. Nasceu em Sécia (Sezze Romano), na Lázio, a 19 de outubro de 1613 e aí passou a sua juventude. Fez-se frade menor aos 22 anos. Viveu em vários conventos da Lázio, permanecendo sempre irmão não clérigo, servindo como esmoler, hortelão, cozinheiro e sacristão. Desejou ser missionário na Índia, mas não chegou a partir. Os últimos anos foram passados em São Francisco de Ripa. Era irmão mais humilde, mas o primeiro na obediência, na castidade e na pobreza.
Partilhou com os outros a alegria franciscana através da poesia popular, com muita sensibilidade e estilo popular da Lázio. Como poeta que exprimia a plenitude do amor divino, pode-se considerar herdeiro de Jacopone de Todi. Como “escritor sem letras”, como a si mesmo se designava, escreveu muitas obras, nem todas as publicadas. Entre as que estão publicadas, contam-se: “As três vias”, O semana sagrada”, “Os discursos sobre a vida de Jesus” e a sua “Autobiografia” que escreveu em obediência ao seu confessor.
Em outubro de 1648, enquanto orava na igreja de São José de Capo Le Gase, o seu coração foi traspassado por um dardo de luz vindo da Sagrada Hóstia, que o marcou com uma chaga para toda a vida. A chama do amor de Deus e dos irmãos elevou-o a uma alta sabedoria. Foi objetivo de sua vida oferecer-se a Deus em holocausto puro e perfeito, na humildade, na penitência, na devoção ardente à Paixão de Cristo, à Eucaristia e à Virgem Imaculada. Deus reservou-lhe dons extraordinários: visões e revelações, conhecimento das verdades teológicas e ascéticas e um amor ardente. O segredo da sua santidade esteve na oração e na penitência austera, no esforço permanente de viver unido a Jesus na paixão e na morte redentora.
Durante muitos anos, na sua qualidade de esmoler, andando de porta em porta, por Roma, procurando almas, anunciou-lhes a mensagem alegre do Evangelho, levando-as ao caminho de Deus. Faleceu a 6 de janeiro de 1670.

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