quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

19 de janeiro: Santa Eustóquia Calafato de Messina

Natural de Messina, onde veio ao mundo a 25 de março de 1434. A mãe, cristã fervorosa, era admiradora e discípula dos formadores Beato Mateus de Agrigento, São Bernardino de Sena, São João de Capistrano e São Tiago da Marca, que se empenharam em reconduzir os filhos de São Francisco à lídima observância da regra e foram os artífices do “século de ouro” do franciscanismo. A filha aprendeu com ela as primeiras orações, o amor ao sacrifício, às boas obras e a Jesus Crucificado, e herdou dela a simpatia pelos franciscanos.
Em 1444 o pai prometeu-a em casamento a um viúvo de idade avançada, que faleceu antes de se realizar o projetado enlace. Entretanto ela sentia-se cada vez mais atraída pelo Esposo celestial, até decidir a deixar o mundo e a entregar-se inteiramente ao Senhor, abraçando a vida religiosa. Em 1449, superadas fortes resistências por parte dos familiares, foi admitida entre as clarissas de Santa Maria de Basicó, em Messina. Distingui-se desde noviça por eminentes qualidades de espírito e de coração. Percorreu com entusiasmo o árduo itinerário da perfeição seráfica. Para induzir a comunidade à genuína observância da regra, decidiu fundar um novo mosteiro. Com a ajuda de familiares e outros benfeitores, realizou esse sonho numa fundação, chamada Montevirgem, junto a Messina, sendo acompanhada por um grupo de jovens que com ela decidiram consagrar a vida ao esposo celeste.
Passara 11 anos no antigo mosteiro, onde nem todas as irmãs cumpriam a austera regra de Santa Clara. Ao dar início à nova fundação, Eustóquia pô-se em sitonia com a reforma, tendente ao retorno às fontes do franciscanismo, iniciada por São Bernardino de Sena e logo seguida por Santa Coleta, São Pedro de Alcântara e Santa Teresa de Ávila. Desempenhou o cargo de abadessa até a morte, e assim conseguiu infundir uma fisionomia autenticamente franciscana à nova fundação.
Com prudência, bondade e solicitude, estimulava as irmãs no caminho da caridade, incitando-as, com o exemplo e conselhos, ao amor à cruz, à pobreza e à perfeição, e com os singulares carismas, visões e curas com que Jesus exaltava a sua esposa fiel. E quando o esposo a chamou para a união eterna, a 20 de janeiro de 1485, ela saiu-lhe ao encontro com a lâmpada acesa, rodeada das suas 50 companheiras, para receber a preciosa herança.

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