terça-feira, 14 de agosto de 2012

14 de agosto: São Maximiliano Kolbe


Maximiliano Maria Kolbe, o segundo duma família de cinco filhos, nasceu numa povoação próxima de Lodz, na Polônia central, no dia 8 de janeiro de 1894. Aos 10 anos deu-se com ele uma ocorrência extraordinária e misteriosa. Apareceu-lhe a Virgem Maria, e mostrando-lhe duas coroas, uma branca e outra encarnada, perguntou-lhe qual delas queria. A reposta dele foi que as queria ambas. Logo aos 13 anos entrou na ordem dos frades menores conventuais em Leópolis. Terminados os estudos primários e feito o noviciado, foi para Roma fazer os cursos requeridos para o sacerdócio no Colégio internacional de S. Teodoro, onde se laureou em filosofia e teologia.
Inspirando-se em sentimentos e ideais muito característicos do franciscanismo, a 16 de outubro de 1917, de parceria com outros confrades, dois romenos e quatro italianos, fundou a associação “Milícia da Imaculada”. No ano seguinte foi ordenado sacerdote, e pouco depois regressou à pátria, onde começou uma campanha apostólica segundo o espírito da associação por ele fundada, comunicando vida e entusiasmo a grupos marianos e a outras atividades religiosas e culturais.
Em 1927 fundou a “Cidade da Imaculada”, caracterizada por uma intensa vida espiritual sob o patrocínio de Maria, e cujos habitantes se dedicavam a todas as formas de apostolado, mas em especial à boa imprensa, empregando os recursos técnicos mais modernos. A 40 quilômetros de Varsóvia construiu um bairro onde organizou uma empresa tipográfica com um enorme volume de publicações: um diário com 250.000, o boletim intitulado “O Cavaleiro da Imaculada” com um milhão de exemplares, e ainda outras  publicações e revistas, numa empresa com cerca de uma milhar de empregados, entre operários, técnicos e profissionais, todos dedicados ao louvor da Imaculada e ao bem do próximo, lançando mão dos mais modernos meios de comunicação, como imprensa, rádio e cinema.
Entusiasmado com a ideia de atrair todos os homens a Deus por mediação da Maria Imaculada, em 1930 partiu para o Oriente. Nos arredores de Nagasáki, no Japão, fundou a segunda cidade da Imaculada, com os mesmos objetivos da primeira, conseguindo também ali um notável desenvolvimento em várias atividades, no meio de populações não cristãs. Do Japão passou à Índia, onde fundou outro centro mariano. No entanto, vendo-se obrigado, por falta de saúde, a renunciar aos planos projetados, em 1936 regressou à Polônia, onde reassumiu a direção da Cidade da Imaculada, levando-a ao apogeu em 1938.
A segunda guerra mundial e a invasão da Polônia não permitiram a continuação da sua obra tão auspiciosa. O resto da sua vida foi uma dolorosa via-sacra através de vários campos de concentração, até chegar finalmente ao campo de extermínio de Auschwistz, em Fevereiro de 1941. Aí se ofereceu espontaneamente para morrer em vez dum pai de família que com outros nove fora condenado à morte com represália, numa casamata da fome. No dia 14 de agosto recebeu a injeção letal de ácido fênico, e no dia 15, festa da Assunção foi lançado ao forno crematório. Contava 47 anos.

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