Nascido
a 25 de abril de 1215, o futuro rei da França recebeu uma rígida educação por
parte da mãe, Branca de Castela, que dessa forma pretendia encaminhá-lo para a
santidade. Começou a reinar com 11 anos, em 1226. Casado com Margarida da
Provença, o jovem rei impunha-se diariamente exercícios de piedade e
penitência, no meio do mundanismo duma corte elegante e pomposa. Viveu no
palácio real com a austeridade de vida do mosteiro mais rígido, e fez de todo o
país o campo duma inesgotável caridade. Quando o apodavam de excessivamente
pródigo com os pobres, respondia: <<Prefiro que o excesso de despesas de
que sou tachado seja de esmolas dadas aos pobres por amor de Deus, do que de
luxo, vaidade e ostentação mundana>>.
Amante
da simplicidade e zeloso pela justiça, a todos ouvia debaixo do célebre
carvalho no bosque de Vincennes, onde emitia as suas sentenças, justas e
serenas, para bem do reino. Disse uma vez ao seu primogênito e herdeiro do
trono: <<Preferia que viesse um escocês ou outro estrangeiro a governar
bem este reino, com justiça e lealdade, do que seres tu, meu filho, a
governá-lo mal>>.
Um
sonho que acalentou durante toda a vida foi o de libertar a Terra Santa do
poder dos turcos. Mas uma primeira cruzada por ele promovida redundou em
fracasso: o exército cristão foi derrotado pelas armas o exército cristão foi
derrotado pelas armas e dizimado pela peste, e o rei foi feito prisioneiro. Tal
foi o resultado lastimável da expedição. Mas as virtudes do rei cativo
impressionaram de tal forma os mulçumanos, que o alcunharam de “sultão justo”.
Numa
segunda e também desafortunada expedição ao Oriente, veio mesmo a morrer,
vitimado pelo tifo, em 1270. Antes de expirar, mandou dizer ao sultão de Tunes:
<<Estou decidido a passar toda a vida como prisioneiro dos sarracenos,
sem jamais ver a luz, se tu e o teu povo se fizerem cristãos>>.
Os
terceiros franciscanos festejam-no hoje como seu padroeiro. Aprouve a Deus que
fosse um terceiro franciscano o encarregado de exercer a caridade em terras de
França. A história recorda-o como um soberano cheio de sabedoria divina, aliada
a notável prudência e energia humana. Pôs em prática todas as obras de
misericórdia convencionais. Traduziu a fé cristã em atitudes concretas, não só
na sua pessoal maneira de viver, mas também no modo de governar segundo os
desejos de Deus e os preceitos da religião. Morreu com 55 anos de idade, a 25
de agosto de 1270. O seu corpo foi levado para França e repousa na igreja de S.
Dinis.
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