quinta-feira, 2 de agosto de 2012

1 de agosto: Beato Francisco Pinazzo

Nasceu em Alpuente, província de Valência (Espanha) a 24 de agosto de 1812, de pais pobres em bens materiais, mas ricos em fé. Passou a juventude em amplo contato com a natureza a pastorear rebanhos, e assim aprendeu a sentir Deus e elevar-se até ele por meio da criação.
Aos 12 anos faleceu-lhe o pai, e a mãe resolveu voltar a casar por motivos econômicos. Felizmente para Francisco, o padrasto foi para ele como um bom pai, religioso e amável. Aos 20 anos, um desengano sentimental levou-o a tomar uma decisão importante para o resto da vida: renunciar aos amores terrenos e ao mundo e consagrar-se a Deus.
Depois de tomar o hábito e fazer a profissão, durante 13 anos desfrutou de grande paz, sentindo-se feliz e plenamente realizado, até numa breve passagem pelo mosteiro de Gandia onde foi sacristão durante um ano. Em 1843, contando, portanto 31 anos de idade, obteve autorização para se dedicar ao apostolado missionário no Oriente. Viveu na Palestina 17 anos, passando por diversos conventos, até chegar finalmente a Damasco. Os irmãos Francisco e João Tiago Fernandes, apesar de se terem escondido na torre da igreja, foram descobertos e apanhados pelos mulçumanos. Nesse momento decisivo, os dois religiosos ajoelharam-se em atitude de oração, com os braços erguidos ao céu. Os muçulmanos partiram-lhes a coluna vertebral e precipitaram-nos do alto da torre para o pátio, onde os seus corpos ficaram inertes e serviram para o poviléu desafogar o seu ódio contra os cristãos.
Em redor do convento franciscano de Damasco, graças ao apostolado e à laboriosidade dos frades, havia certa prosperidade. O massacre teria sido mais avassalador se não fosse a intervenção do próprio emir em favor dos cristãos. Apesar de muçulmano, ele apreciava a obra dos missionários franciscanos e ficou pesaroso  por não ter podido impedir o massacre de 10 de Julho.
Reconhecendo a sua boa fé, o francês Lavigerie, passados uns meses, foi visitar o emitir e dirigiu-se estas palavras “O Deus a quem eu sirvo, o mesmo a quem tu serves embora com o nome de Alá, foi quem te inspirou tanta piedade e generosidade”. Hoje, após o Concílio Vaticano II, estas palavras são mais facilmente entendidas; mas nunca a Igreja  deixou de as proclamar, especialmente com o sangue dos mártires.

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