Nasceu
em Montíquio, a poucos quilômetros de Áquila, a cidade onde nesse mesmo ano São
Bernardino de Sena voava para o céu. No firmamento da santidade seráfica
extinguia-se assim um astro, em torno do qual surgiram muitas estrelas, entre
elas o B. Timóteo.
De
família rural, viveu totalmente dedicado à oração. Com receio dos perigos do
mundo, e no intuito de evitá-los, juntamente com um irmão de sangue entrou na
ordem dos frades menores, que nessa época atingia o auge da celebridade pela
vida santa de muitos dos seus filhos. Ordenado sacerdote, foi-lhe logo
encomendado o cargo de mestre de noviços. A sua vida parecia mais celeste do
que terrena, até pelas frequentes visões da SS. Virgem e de S. Francisco, e
pelo dom dos milagres. Procurou impregnar-se do espírito daqueles santos
religiosos que renovaram a observância da regra na ordem seráfica, a começar
por S. Bernardino de Sena.
Do
convento onde durante muitos anos foi mestre de noviços passou mais tarde para
um outro, mais humilde, onde viveu até à morte. O teor de vida foi sempre o
mesmo, de oração e contemplação, de zelo sacerdotal e fidelidade heróica à
regra franciscana.
As
virtudes em que mais brilhou foram o desprendimento do mundo, a exata, o fervor
no serviço divino, a meditação da paixão de Cristo e uma filial devoção a Maria
e a S. Francisco. Era talo seu amor ao silêncio e à solidão, que as conversas
que mantinha eram sempre breves, embora cheias de cordialidade e bondade.
Era
tão humilde, que sempre se considerava o mínimo de todos; tão obediente, que
fazia o que lhe mandasse até o último dos confrades; e para conservar intacta a
pureza, mortificava o corpo com cilícios e outras formas de austeridade. Era
caridoso para com todos; arranjava mil maneiras de socorrer os
necessitados; assistia com paciência os
moribundos; era assíduo no sacramento da reconciliação e na direção espiritual.
E não deixou de anunciar às cidades e povoações vizinhas a mensagem evangélica.
Com
idade de 60 anos, a 22 de agosto de 1504, adormeceu serenamente no Senhor, no
convento solitário de Santo Ângelo de Ocre.
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